O livro Apocalipse Motorizado usando o automóvel como ponto de partida trata das seguintes questões: cidadania, ecologia, espaço público e qualidade de vida. Discute a poluição, dependência de petróleo, exploração do espaço público comum e a exclusão social geradas pelo uso de carros. A obra reúne diversos textos de caráter sócio-científico escritos por grandes pensadores e ativistas contemporâneos como o próprio Ned Ludd, Ivan Illich, Caroline Granier, André Gorz e outros.
O uso desgovernado de automóveis é extremamente criticado. O livro apresenta estatísticas de acidentes de carro e dados assustadores a respeito das empresas automobilísticas, que apesar de tudo continuam a ser a industria mais protegida do Brasil, tendo isenções fiscais e diversos mecanismos de reserva de mercado. Devido ao auto poder monetário de tais empresas é fácil a sedução provocada para a compra de um carro, já que tendo este poder elas lançam milhares de propagandas e parcelamentos que parecem irresistíveis.
O alvo da crítica não é o carro em sí, mas sim o transporte particular, que provoca o caos nas cidades, incluindo poluição visual, sonora e, no caso do Brasil, muitas mortes. Os textos analisam não apenas o impacto ecológico e urbanísticos causados pelos automóveis, mas o que a industria automobilística significa como promotora de guerras, violência e desigualdade social.
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